ONG CONTESTA PLANO PARA INVESTIMENTO EM GRANDES HIDRELÉTRICAS
2004-04-28
A organização ecológica não-governamental Quercus, de Portugal, critica o fato de o Estado querer justificar a expansão das grandes explorações hidrelétricas com o desenvolvimento sustentável, dizendo que elas evitam emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera na produção de energia, especialmente no caso da barragem do Sabor, cujo Estudo de Impacto Ambiental está em processo de decisão final. – De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, a contribuição da barragem do Baixo Sabor poderá evitar a emissão de 150 mil toneladas de dióxido de carbono, o que representa menos de 0,6% do esforço necessário para Portugal cumprir o Protocolo de Quioto e é tido como insignificante em nível nacional, tendo em conta o seu alto custo e gravíssimas conseqüências ambientais, salienta a associação. Além disso, a Quercus defende que a estimativa das 150 mil toneladas é claramente excessiva. Segundo a ONG, não se calcularam as perdas de dióxido de carbono associadas à destruição da cobertura vegetal, tendo em conta que as florestas absorvem o carbono. A libertação de gases com efeito de estufa pelas plantas, como metano, devido à degradação de matéria orgânica em ambientes sem oxigênio, também não foi tida em consideração.(Ecosfera)