Um ano depois do Conselho de Ministros de Portugal ter publicado um plano sobre política energética, a organização ecológica portuguesa Quercus denuncia a falta de um programa nacional de gestão da demanda de energia e critica que os incentivos fiscais às renováveis sejam uma farsa. A Associação Nacional de Conservação da Natureza lembra que, mesmo com a Resolução de Conselho de Ministros nº 63/2003, de 28 de Abril de 2004, que deveria fomentar o desenvolvimento sustentável, o país continua a ver agravada a sua dependência externa, bem como a ineficiência energética. Em comunicado enviado ontem (27/04), a associação argumenta que, entre março de 2003 e março de 2004, o aumento do consumo de eletricidade foi de 12%. Quanto aos incentivos fiscais, a Quercus lamenta que as pessoas paguem um empréstimo da sua habitação e que queiram instalar um coletor solar para água quente na sua casa não se beneficiem de qualquer incentivo fiscal por esse investimento. Tudo porque ao deduzir os juros e amortizações da habitação, o incentivo fiscal às energias renováveis já não é contabilizado, alega a ONG. (Ecosfera)