ARGENTINA RESTRINGIRÁ GÁS NA INDÚSTRIA
2004-04-27
O governo argentino voltou a abrir sua retaguarda com relação aos problemas energéticos do país, que prometem aumentar com
a chegada do inverno. Apesar da compra de 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia, acordada na semana passada com a
Bolívia, e da importação de quase 1,3 milhão de litros de óleo combustível definida com a Venezuela, as indústrias
argentinas terão que suportar, no inverno, uma restrição recorde de gás, que ameaça afetar o consumo ininterrupto. O
secretário de Combustíveis, Cristian Folgar, confirmou, ontem (26/4), que o inverno será difícil em termos de abastecimento
de gás e que os cortes nas indústrias não apenas serão inevitáveis, mas ainda tenderão a uma duração maior que a
registrada no ano passado. O secretário de Energia, Daniel Cameron, disse na semana passada, no Congresso, que haveria
pelo menos 70 dias de cortes de gás no inverno. Ontem, ele voltou a destacar que o setor atravessa uma crise. Folgar,
por sua vez, afirmou que o gás ficará mais caro nos próximos dias. Entre maio deste ano e julho de 2005, o valor do gás
aumentará entre 120% e 180%, dependendo da zona de procedência. A primeira alta será aplicada em 10 de maio,
fazendo com que os preços subam de 30% a 52%. (Clarín)