Rashida Bee, de 48 anos, e Champa Devi Shukla, de 52 anos, venceram o Prêmio Goldman, que reconhece a luta por direitos ambientais, na Ásia. Apesar da falta de dinheiro e fraca saúde devido à exposição a gases tóxicos, ambas emergiram como líderes na luta internacional pela responsabilização da Dow Chemical pelo acidente de 1984 em Bhopal, Índia. O vazamento de gás matou 20 mil pessoas e afetou mais de 500 mil. Bee e Shukla exigem a limpeza do local e o pagamento dos custos com cuidados médicos e de anos de contaminação de solos e águas. Na América Central e do Sul, o prêmio distinguiu Libia R. Grueso Castelblanco, da Colômbia. Depois de anos de conflitos armados, várias comunidades rurais foram deslocadas, criando uma catástrofe ecológica. Castelblanco conseguiu garantir-lhes direitos a uma parcela de território, incluindo uma zona de floresta tropical. Manana Kochladze, de 32 anos, foi o vencedor pela Europa. Obrigou à realização de um estudo de impacto ambiental e na saúde das pessoas da construção de um oleoduto que passaria por um parque nacional e zona de captação de água na Georgia. Timor-Leste ficou representado por Demetrio do Amaral de Carvalho, de 37 anos, por ser responsável pela inclusão da justiça ambiental na Constituição do país. Estes princípios vão orientar a gestão sustentável das florestas e recifes de coral do país. O prêmio é de US$ 125 mil, equivalente a 104 mil euros. (Ecosfera)