O capitão grego Apostolos Mangouras, que conduzia o Prestige quando de seu incidente na costa da Galícia, em novembro de 2002, e que continua em prisão domiciliar em Barcelona, confessou que está no limite de suas forças e que quer voltar para a Grécia. Segundo declarações publicadas no periódico ateniense Ta Nea, Mangouras confessou ter sentido muita emoção ao ver, pela televisão, o regresso, há dois dias, de cinco marinheiros gregos que se encontravam em uma prisão no Paquistão, após o naufrágio de seu barco petroleiro ter causado um acidente ecológico. – Pensei na minha situação e disse a mim mesmo: tenha fé, tua hora chegará, declarou o capitão ao jornal. Mangouras considera-se bode expiatório de uma luta econômica entre as autoridades espanholas e a companhia armadora do Prestige. O comitê favorável à liberdade de Mangouras encabeçou uma carta ao presidente espanhol eleito, José Luis Rodríguez Zapatero, que foi entregue por representantes da Marinha grega ao embaixador da Espanha na Grécia, Eduardo Junto. Na carta, o comitê pede a permissão para o capitao viajar à Grécia. Essa petição foi apoiada por mais de 5,5 mil empresas do setor naval grego. (El Mundo)