RECICLAGEM DE ELETROELETRÔNICOS EM PORTUGAL ESTÁ AQUÉM DA LEI
lixo tecnológico / eletrônico
2004-04-23
Portugal recolheu, tratou e reciclou, no ano passado, cerca de 1.870 toneladas de resíduos elétricos e electrônicos (REEE), um número que para a associação ambientalista Quercus é uma gota de água no oceano. – Estava tudo preparado para que em janeiro de 2002 este tipo de resíduo deixasse de ser um problema em Portugal, uma vez que o decreto-lei 20/2002 responsabilizava os produtores pela viabilização do recolhimento e tratamento, disse Rui Berkemeier, da Quercus. A legislação em vigor estabelece um conjunto de regras de gestão que visam à criação de circuitos de recolhimento seletivo de equipamentos de resíduos, o seu correto armazenamento e pré-tratamento, especialmente no que diz respeito à separação das substâncias perigosas neles contidas, e o posterior envio para reutilização ou reciclagem, desencorajando a sua eliminação por simples deposição em aterro. Para o ambientalista da Quercus, Portugal continua a contribuir para a destruição da camada de ozônio e para o aumento das radiações ultravioleta porque a legislação nunca foi cumprida e imposta. Estes resíduos, que vão desde os grandes eletrodomésticos até as lâmpadas, passando pelos telemóveis, faxes, telefones e monitores de computadores, contêm uma ampla gama de poluentes pois incluem um grande número de metais pesados, plásticos e borrachas. (Ecosfera)