A qualidade da água piorou em São Paulo. Das 22 bacias hidrográficas, 10 foram classificadas como ruins ou péssimas para o abastecimento. A conclusão é do Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo 2003, divulgado ontem pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB). De acordo com o jornal Folha de São Paulo, em 2003, 32% das fontes de água bruta do território paulista foram classificados como ruim ou péssimo para o abastecimento. Em 2002, o percentual foi de 27%. Para Eduardo Mazzolenis de Oliveira, gerente do Departamento de Águas Superficiais e Efluentes Líqüidos da CETESB, a piora se deve a vários fatores. Dentre eles, o excesso de esgoto despejado nos rios com substâncias como o alumínio e o manganês, o uso de práticas agrícolas inadequadas, o desmatamento e a chuva abaixo da média. Para realizar o relatório, a CETESB faz monitorações bimestrais em 290 pontos, para a análise de 50 variáveis, incluindo físicas (como cor e temperatura), químicas (oxigênio dissolvido, metais pesados, esgoto etc.) e biológicas (presença de bactérias, algas, entre outros). (Redação Terra)