Em meio à crise energética, o presidente argentino, Néstor Kirchner, e seu colega boliviano, Carlos Mesa, firmaram, na terça-feira (20/04), um convênio para a importação de gás por parte da Argentina. O acordo, selado na Casa Rosada, em Buenos Aires, levou o nome de Declaração de Buenos Aires, e possibilita a venda de quatro milhões de metros cúbicos diários de gás boliviano para a Argentina, durante seis meses. O objetivo é atacar a crise energética que se abate sobre a Argentina. O acordo passou pelo crivo de sindicalistas e partidos de oposição ao governo da Bolívia, pois eles temiam a possibilidade de a Argentina comprar o gás boliviano para revendê-lo ao Chile, país com quem a Bolívia mantém uma velha disputa territorial pela saída para o mar. O texto final do acordo sobre a venda do gás boliviano para a Argentina, por este motivo, contém um acordo que proíbe à Argentina a revenda do gás comprado. (Clarín)