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2004-04-19
Além da fonte da Nestlé em São Lourenço (MG), existe produção de água purificada adicionada de sais em outros três lugares no país: Brasília, Recife (PE) e Ribeirão Preto (SP), segundo a ABINAM(Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais). Em todos esses outros casos, a responsável pelas bebidas é a Coca-Cola, mas o processo de produção é diferente. Em vez de extrair água mineral do subsolo, a matéria-prima é retirada da rede de abastecimento público em Brasília e Recife e de um poço comum no interior paulista. O presidente da ABINAM, Carlos Alberto Lancia, diz que a entidade foi contra a resolução que aprovou o produto, mas por restrições econômicas, não ambientais. A produção da água adicionada de sais custa até 30% menos que a de água mineral, diz Lancia, principalmente porque não há custos ambientais. Para extrair água mineral, é preciso preservar um raio em torno do poço a fim de garantir qualidade e pureza. Além disso, ele afirma que desmineralizar água é um desperdício da vantagem competitiva do Brasil. Sexto produtor mundial de água engarrafada, o país deveria se beneficiar do diferencial que são as propriedades terapêuticas das águas minerais, e não aderir à água adicionada de sais, que pode ser fabricada em qualquer lugar. A concessão de lavras de exploração de água mineral, assim como a sua fiscalização, cabem ao DNPM, mas o próprio órgão admite falta de pessoal para controlar o setor. A expectativa é que uma contratação, até o início de 2005, reduza o déficit, cujo tamanho não foi especificado. Enquanto isso, o número de pedidos de autorização para pesquisa de lavras não pára de crescer. (FolhaOnline, 18/04)

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