PROLIFERAÇÃO DE PLANTA EM RIO PREOCUPA CETESB
2004-04-19
A proliferação em excesso de cianobactérias (espécies de algas) na represa de Taiaçupeba (Grande São Paulo) alterou o sabor e o odor da água do sistema Alto Tietê, que serve 2,7 milhões de moradores da zona leste da capital e de cidades da região metropolitana. O gosto ruim e o cheiro que lembra o de inseticida são causados pela geosmina, composto orgânico liberado por alguns gêneros de cianobactérias. A substância não causa nenhum mal à saúde, mas um desconforto no uso e no consumo da água afetada. O problema, que começou a ser registrado no fim de semana, é uma conseqüência da degradação progressiva dos recursos hídricos da Grande São Paulo, seja pelo despejo regular de esgoto doméstico sem tratamento nos rios, córregos e represas, seja pela ocupação ilegal e precária, que leva ao lançamento clandestino de efluentes e lixo nos mananciais. Para tentar minimizar o problema, a Sabesp começou a usar carvão ativado em pó no tratamento da água do Alto Tietê. Também passou o abastecimento da região da Penha (zona leste da cidade) para o sistema Cantareira. (FSP/C4, 16/04)