FALTA DE PATROCÍNIOS PREJUDICA PESQUISAS COM BIOPLÁSTICO
2004-04-15
A falta de patrocínios ou até mesmo a falta de vontade ou interesse de empresas, vem atrasando as pesquisas sobre o bioplástico no Brasil. É a opinião da pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Heique Bogdawa, que está iniciando seu doutorado na Universidade de Lausanne, na Suíça. — Estas empresas (que produzem plástico petroquímico) poderiam patrocinar a pesquisa básica. O problema é que a maioria dos empresários quer ver o plástico pronto e em alta qualidade, com custo baixo, lamenta. As universidades, segundo ela, não conseguem andar tão rápido quanto às empresas e a competição nesse ramo é muito grande. — A mentalidade deles (empresários e indústria) deveria mudar, pois sem auxílio, mesmo a pesquisa básica fica inviável. Heique cita o exemplo da Petrobras que poderia muito bem financiar tal pesquisa. — O plástico biológico não vem para competir. Seria impossível financeiramente substituir tudo, diz. Em sua pesquisa em Lausanne, Heique Bogdawa tenta esclarecer a rota metabólica pela qual o substrato adicionado ao meio de cultura, como por exemplo, carboidratos ou ácidos graxos, é convertido em bioplástico na levedura.