FALTA DE ESTRUTURA E NOVA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DESPRIVILEGIAM OUTRAS CAMPANHAS DA ONG
2004-04-12
Há quatro anos o Greenpeace aportava no Rio Grande do Sul para mais uma ação da Campanha da Poluição Tóxica. Na ocasião a Siderúrgica Riograndense, pertencente ao grupo Gerdau, foi alvo de protestos por conta da contaminação por metais pesados e Poluentes Orgânicos Persistentes, encontrados na área da empresa em Sapucaia do Sul. De lá pra cá pouca informação nova a respeito do caso foi divulgada. A ONG justifica o silêncio quanto ao tema com a falta de estrutura e por uma opção na estratégia de comunicação. — Se você tentar comunicar dois ou mais assuntos ao mesmo tempo a mensagem se dispersa e perde força, por isso optamos sempre por apresentar uma só questão, que nesse caso tem sido os transgênicos, explica um integrante do Greenpeace que pediu para não ser identificado. — Se quiséssemos abordar um tema como o da poluição industrial de forma sistemática precisaríamos de uma equipe de trabalho para cada empresa poluidora, justifica outro membro da ONG. O Relatório de Crimes Corporativos atualizado na internet em julho de 2002 traz 17 exemplos de empresas poluidoras no Brasil, entre elas a Gerdau, a Rhodia e a Solven. — Nenhuma dessas 17 empresas resolveu até hoje os problemas sociais e ambientais denunciados pelo Greenpeace, garante o coordenador da Campanha de Substâncias Tóxicas, John Butcher.