Quando foi lançado o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), durante o racionamento feito no país entre 2001 e 2002, havia a previsão de construção de 56 usinas térmicas movidas a gás natural. Desse total, apenas seis usinas estão em operação e o restante ficou no papel, principalmente pela falta de oferta de gás. Além de emperrar os investimentos em infra-estrutura, a demora na obtenção de licenças ambientais está gerando um forte descontentamento entre alguns investidores, que ameaçam devolver as concessões dadas pela ANEEL. O consórcio liderado pela Companhia Vale do Rio Doce para construir a usina de Santa Izabel, no rio Araguaia, na divisa entre Pará e Tocantins, com capacidade de 1.087 MW, poderá desistir do projeto por conta da demora na concessão da autorização. Pelo mesmo motivo, a Couto Magalhães ameaça devolver a concessão de sua usina, também no rio Araguaia, com capacidade de 150 MW, na divisa de Goiás com Mato Grosso.