PESQUISA DA UFRGS SOBRE BIOPLÁSTICO PÁRA POR FALTA DE DINHEIRO
2004-04-08
Uma pesquisa voltada à produção de plástico biodegradável a partir de bactérias que vinha sendo desenvolvida por dois biólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) parou por falta de dinheiro. Diego Bonatto e Heique Bogdawa trabalharam por quatro anos no Centro de Biotecnologia da universidade no projeto e precisavam de financiamento para continuar as pesquisas. Em agosto do ano passado, Bonatto avisou: —Nós sozinhos, não vamos conseguir muita coisa. A pesquisa (básica) que foi feita consistia em isolar um organismo que possa produzir biolplástico e estudar tudo a respeito dele: como cresce, em quais condições e o que é necessário para que ele forneça o bioplástico. Os cientistas além de identificarem as bactérias que produzem a resina, conseguiram isolar o fator genético que confere a essas bactérias essa capacidade. Essa identificação permitiu incorporar esse gene ao genoma de outros seres vivos, como cana-de-açúcar, algas verdes e leveduras, dotando esses vegetais da capacidade de formar resinas.
— Nosso objetivo era explorar o máximo a biodiversidade microbiana dos solos, pesquisar organismos que naturalmente não produzem o plástico e por meio de engenharia genética fazê-los produzir, lamenta.