RESERVAS BRASILEIRAS DE URÂNIO ENTRE AS MAIORES
2004-04-05
A tecnologia de enriquecimento de urânio não é nova no Brasil. O governo brasileiro trabalhou nela, durante os anos 70, com o então governo da Alemanha Oriental, desenvolvendo uma habilidade rudimentar de enriquecimento de urânio como parte de um programa estrtégico ambicioso para suplementar a geração de energia hidrelétrica. Hoje, operam no país dois reators, o de Angra 1 e Angra 2, numa área de cinturão industrial. O Brasil, que tem um dos maiores depósitos de urânio do mundo, paga embarques em navios para enviar essa matéria-prima para o Canadá e a Grã-Bretanha, onde o urânio é enriquecido para uso em plantas nucleares. Se o Brasil conseguir completar o ciclo tecnológico de enriquecimento do urânio, poderá economizar de US$ 10 milhões a US$ 12 milhões por ano, segundo estimativas do governo brasileiro. A IAEA espera ter, em junho, um relatório sobre a situação do Brasil na área nuclear. A preocupação da agência é pelo fato de o Irã e a Coréia terem feito declarações semelhantes sobre seus propósitos com o enriquecimento de urânio, mas terem produzido uma ou duas armas nucleares depois disto. No caso da Coréia do Norte, seus programas ficaram ocultos por 18 anos. (Washington Post, 4/4)