RIO DO CHACO ESTÁ PRATICAMENTE MORTO
2004-03-29
O Rio Negro, que cruza Resistência (local com 300 mil habitantes), está há muito tempo repleto de dejetos de fábricas de tanino, curtumes e matadouros. Em nove meses de calor que são comuns na área, não há pesca, nem balneários, nem possibilidade de navegação pelo rio. Também é preocupante a situação do Rio Chubut, o mais importante da província, que carrega líquidos cloacais maltratados e resíduos industriais, sobretudo da indústria pesqueira. A mesma causa de poluição afeta o arroio Esperanza e o lago Rosario. Já na localidade de Paraná, fica, a 10 minutos, um lixão de 10 hectares, a céu aberto. São freqüentes a autocombustão e o fumo de resíduos orgânicos. Os gases que emanam do local, sobretudo metano, tornam impossível a vida saudável de pessoas que habitam as redondezas. Na província argentina de La Pampa, um dos maiores problemas é que deixou de correr água pelo Rio Atuel, após a construção do dique El Nihuil, em 1948, em Mendoza. As terra são desérticas e a vida animal está praticamente desaparecendo do local. Já no Rio Paraná, apesar de denúncias, a empresa Pastas Celulósicas Piray SA continua lançando resíduos tóxicos no rio, formando uma corrente de espumas. Essas águas abastecem muitas pessoas em diversas cidades atravessadas pelo rio. (Clarín)