PRESENÇA DE TOXINA NA ÁGUA EXIGE AVALIAÇÕES SEMANAIS
2004-03-26
Resultados das análises sobre a presença de toxinas nocivas ao consumo humano na água fornecida à população de Porto Alegre reforçam, mais uma vez, que odor e sabor ruins não são sinônimo de riscos à saúde. Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), a concentração de microcistinas, substância produzida por algas, está abaixo do valor estipulado pelo Ministério da Saúde. — Estamos acompanhando a situação semanalmente e mantendo o padrão de potabilidade. Qualquer alteração será comunicada à Secretaria Municipal da Saúde - diz Maria Mercedes Bendati, bióloga da divisão de pesquisa do DMAE. Segundo a Portaria 1.469 do ministério, quando o número de cianobactérias estiver acima das 20 mil células por mililitro (como está ocorrendo no Guaíba), a análise da presença de cianotoxinas - toxinas nocivas à saúde produzidas pelas algas - deve ser feita semanalmente. A portaria obriga o controle de somente uma dessas toxinas, a microcistina. Segundo o bacteriologista José Emilio Laitano Esteves, do laboratório Acqualab, especializado em análises de água e alimentos, a substância pode causar intoxicações e câncer no fígado. (ZH/62,CP/08)