ESFORÇO É PARA TROCAR PROMESSAS POR AÇÕES CONCRETAS QUE EVITEM PIOR CENÁRIO
2004-03-25
- Devem ser feitas tantas conferências quantas necessárias para garantir que as gerações atuais e futuras tenham água segura, mas, também, deve-se deixar de lado a retórica, as promessas não cumpridas e o gasto inútil que marcaram muitas reuniões anteriores sobre esse recurso, disse Homero Zapata, pesquisador de temas ambientais da Universidade Nacional Autônoma do México. Os Fóruns anteriores ao do México, realizados no Marrocos em 1997, Holanda em 2000 e Japão em 2003, somaram cerca de 30 mil participantes. Para o de 2006 calcula-se que haverá cerca de 10 mil pessoas. - Todas estas reuniões indicam que há uma consciência crescente sobre a problemática da água e é importante que multipliquem, pois é a forma de adotar medidas concretas e aterrissar seus objetivos, afirmou César Herrera, subdiretor de programação da estatal Comissão Nacional de Água do México. Os problemas de abastecimento e distribuição da água no mundo são tratados de maneira formal desde 1972, quando foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano, em Estocolmo. O tema esteve presente em inumeráveis reuniões regionais e mundiais posteriores. Entetanto, a situação continua difícil e não dá a impressão de vir a ser muito diferente no futuro. No melhor dos casos, em meados deste século haverá no mundo dois bilhões de pessoas enfrentando escassez de água, mas, também há a possibilidade de que sejam sete bilhões, segundo estudos da ONU. O Conselho Mundial da Água calcula que em 2025 a falta de água poderá afetar quatro bilhões de pessoas.(IPS)