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2004-03-23
A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assina nesta semana portaria que institui o Grupo de Trabalho sobre Comunicação e Informação Ambiental. O anúncio foi feito no sábado (20/3) pelo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, durante o II Encontro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA) em São Paulo, realizado na sede da ONG Ação Educativa. A criação desse Grupo de Trabalho é uma reivindicação de jornalistas ligados à RBJA, que formalizaram a proposta em setembro do ano passado ao Ministério do Meio Ambiente, durante evento ocorrido em Rio Branco, Acre. O Grupo de Trabalho a ser instituído tem por finalidade formular uma proposta de política com normas, instrumentos e ações direcionadas para fomentar a produção, a difusão e a democratização da informação ambiental no país. O principal objetivo é contribuir para a qualificação do debate temático nacional e para a proteção do ambiente natural. De acordo com Langone, a materialização do apoio pode ser tanto em recursos financeiros, como em logística e infra-estrutura, ou mesmo através da marca institucional do Ministério para buscar apoios e parcerias aos projetos. Langone informou que o MMA está reestruturando seu setor de Comunicação Social, com a implantação de uma política institucional que pense o órgão na sua lógica global e, a partir daí, organize a relação do ministério com a sociedade, transformadores de opinião e outros. Atualmente, admite Langone, esse setor funciona como um serviço de atendimento à imprensa, por meio de uma postura reativa à demanda da mídia. O coordenador do Encontro, jornalista José Alberto Gonçalves, moderador da RBJA no Sudeste, destacou que a proposta da criação do Grupo de Trabalho não partiu do governo, mas da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (a lista de discussão na internet que engloba cerca de 300 jornalistas ambientais de todo o país), com apoio de diversas entidades. Esse grupo a ser criado, explica, terá uma representação meio-a-meio, entre o governo e a sociedade civil. Esse GT, acrescenta José Alberto Gonçalves, é importante porque vai fazer uma proposta de política pública de fomento à democratização da informação e comunicação ambiental. - Não estamos propondo a estatização da informação ambiental, mas que o governo que administra fundos públicos venha, de alguma forma, dar respostas à sociedade, pois esses recursos são pagos pela população. A proposta, complementa, é de que haja uma política que apóie a implementação de projetos de comunicação ambiental independentes, para que se consiga propagar espaços para discutir meio ambiente nas escolas, em relação à inclusão digital na internet, na televisão e na própria mídia especializada, que está sofrendo pela falta de recursos.

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