TESE APONTA ECOTURISMO COMO SALVAÇÃO PARA MATA ATLÂNTICA
2004-03-23
O Ecoturismo vem funcionando como uma das principais ferramentas na recuperação da Mata Atlântica, em São Paulo. A conclusão é da tese de doutorado Determinantes da Recuperação da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, do diretor de extensão das Faculdades Senac (SP), Eduardo Mazaferro Ehlers e demonstra que, em cidades como Campos do Jordão, Águas de Lindóia e Brotas, a prática de esportes de aventura tem sido fundamental para o aumento da cobertura de Mata Atlântica em São Paulo. Entre 1990 e 2000, 204 municípios paulistas tiveram aumento de Mata Atlântica e, em muitos casos, esse aumento está relacionado ao avanço dos empreendimentos que dependem do patrimônio natural. — O fato é que muitos municípios passaram a se preocupar mais com o meio ambiente, por perceberem o potencial de geração de novos negócios e de novas oportunidades de trabalho, afirma Ehlers. Em vários municípios a conservação das reservas naturais pode gerar mais lucro do que a exploração predatória. A Mata Atlântica é uma das áreas beneficiadas por essa mudança de comportamento. O município de Brotas, por exemplo, onde se praticam rafting, caminhadas ecológicas, arborismo, rapel e escaladas, aprovou um código rígido de proteção ambiental e segurança para os desportistas.
— Os profissionais envolvidos com o ecoturismo em Brotas se apóiam em três pilares fundamentais: educação ambiental do turista, retorno econômico e social para a comunidade e preservação ambiental, afirma Zaith. Os cuidados são os mesmos para qualquer área natural. A intenção é a de minimizar os impactos causados pela visitação humana.