Depois do garimpo do Km 3 e da exploração de minerais nos fundos da invasão da Gare da Viação Férrea, os garimpeiros abriram uma nova frente. Desta vez, no alto do Morro do Link, no bairro Itararé, perto do Monumento ao Ferroviário. Segundo os moradores locais, a área - que foi tombada pela Unesco como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - tem sido alvo de garimpeiros desde dezembro do ano passado. O que teria atraído os garimpeiros é o passado histórico do local que, entre as décadas de 1920 e 1970, foi sede de uma pedreira da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Segundo a Associação dos Ferroviários do Rio Grande do Sul, para fazer o transporte da brita retirada do local até o antigo terminal do Itararé, a rede construiu duas linhas de trem. Os restos de ferro e aço encontrados lá são resquícios da existência da mineradora e de suas vias de transporte. Conforme os garimpeiros, o material tirado do solo é vendido como sucata para um ferro-velho a R$ 0,07 o quilo. Uma caminhonete estaciona diariamente no sopé do morro para levar os metais para a venda. (Diário de Santa Maria/17/03)