A organização ambientalista portuguesa Quercus considera positivo que a Inspecção-Geral do Ambiente (IGA) tenha duplicado a sua ação em 2003 face ao ano anterior, mas chama a atenção para o fato de as ações de inspeção serem poucas. A IGA instaurou, no ano passado, o dobro dos processos de contra-ordenação, relativamente a 2002, e aplicou multas no valor global de 3 milhões de Euros devido a violações de normas ambientais. As áreas que mereceram maior atenção foram os resíduos e as emissões atmosféricas. O presidente da Quercus, Hélder Spínola, considera positivo que as inspeções aumentem, mas acredita que este aumento ainda não é capaz de fazer frente aos problemas ambientais do país. — É muito fácil duplicar as inspeções porque elas têm sido muito poucas, esclareceu o ambientalista. Em 2003 foram vistoriados pela IGA 9060 alvos, sendo que 1242 se referem a inspeções em empresas e 1648 a atos móveis, ou seja intercepção e fiscalização de veículos transportando mercadorias com exigências ambientais. A maior parte das infracções refere-se à violação de normas sobre resíduos (783), água (545), poluição atmosférica (260) e licenciamento industrial (148).(Ecosfera)