A água já cobre a pista em pelo menos dois trechos da Transpantaneira. Em algumas pontes, a lâmina de água está cada vez mais próxima. Na opinião do pantaneiro Nenio Marques de Campos, a cheia não seria a única culpada. — Falta ponte para dar vazão à água. Algumas foram reduzidas em até cinco metros, outras precisam ser abertas. Do jeito que está, se houver uma chuva maior, não ficará nada, argumenta ele. O engenheiro Filogônio Ferreira da Silva, coordenador de Manutenção de Rodovias da Secretaria Estadual de Transportes (SEET), discorda. Segundo ele, o que importa para garantir o tráfego na rodovia é a altura do aterro. — Não se trata de uma questão de vazão, mas de quantidade de água mesmo, é a altura do aterro, rebateu o técnico. Ferreira da Silva também refutou a visão de que a Transpantaneira seja um dique seccionado. Crítico das obras de reforma feitas em parceria pela SEET e o 9º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), o mestre em ecologia Luiz Vicente Campos Filho garante que o desnível existe e se mostra em grandes inundações. (Diário de Cuiabá/15/03)