FALTA PATROCÍNIO PARA CONSERVAR A ARARAJUBA
2004-03-16
Conservar a ararajuba para as gerações futuras é um dos maiores desafios para ornitólogos, pesquisadores, governos e empresas que patrocinam ações ambientais no Brasil. Primeiro, porque não se conhece quase nada a respeito da ecologia da jandaia, considerada uma das mais exuberantes aves de toda a Amazônia, sua única área de ocorrência no Planeta. Em segundo, devido às dificuldades de acesso ao animal que se embrenha nos rincões da densa floresta tropical. E em terceiro, porque não há, até o momento, um programa com recursos financeiros garantidos que possa assegurar a sobrevivência da espécie. Essas são algumas das conclusões dos especialistas em ararajuba (Guaruba guarouba) reunidos na última semana no Rio de Janeiro a convite do IBAMA. A reunião foi importante para definir uma estratégia de ação articulada entre todos os segmentos interessados na conservação da ararajuba. Entre as metas estabelecidas pelos especialistas como fundamentais para garantir a sobrevivência da ararajuba está a criação imediata de uma unidade de conservação próximo a Belém, no Pará. Conhecida como Centro de Endemismo de Belém, a área de cerca de sete mil quilômetros quadrados, abriga nada menos do que dez espécies de aves ameaçadas de extinção na Amazônia, inclusive a ararajuba. (Ibama/15/03)