ÁGUA COM GOSTO DE BARRO PREOCUPA
2004-03-15
Uma combinação sinistra: estiagem, calor e poluição, obriga parte dos moradores da Capital e da Região Metropolitana a beber água com gosto de barro. O DMAE e a CORSAN garantem que a água com cheiro e sabor alterados é potável, não causa mal à saúde. Mas admitem que não conseguem eliminar os resíduos das algas, apesar de reforçar o tratamento químico. O gosto estranho vertendo das torneiras começou a ser notado há duas semanas, na Região Metropolitana, onde vivem cerca de 30% dos 10 milhões de gaúchos. A explicação é científica. O professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Antônio Domingues Benetti, diz que as algas do tipo cianobactérias são comuns em rios e lagos. Quando ocorre a conjugação baixo nível das águas, sol forte e poluição, as algas proliferam. Elas se banqueteiam com os nutrientes dos esgotos e o adubo de lavouras carregado pela chuva. (ZH/26,13/03)