Em junho de 1998, o executivo Philip Watts,da área de exploração de petróleo do grupo Royal Dutch Shell, entregou uma mensagem de otimismo a 600 executivos da empresa ao participar de um evento, em Maastricht, na Holanda. Ele disse que o futuro era promissor e que a companhia estava tendo grande sucesso no seu programa de gerenciamento, conseguindo explorar óleo e gás mais rapidamente do que abrindo novas frentes de exploração. O fato, porém, é que o futuro da Shell não é assim tão promissor quanto alardeado para acionistas há alguns anos. Grande parte do prestígio da companhia está, nos últimos anos, ligada ao fato de ter prestado serviços à Grã-Bretanha. Documentos da própria Shell e entrevistas com alguns de seus executivos da área de petróleo mostram que, nos anos 90, a companhia tetou gerenciar os números sobre suas reservas para satisfazer os investidores. Entre outras revelações, os documentos informam que havia executivos preocupados porque o aumento das reservas de petróleo anunciados pela Shell não estava de acordo com o ritmo de produção. (NY Times)