Moradores furiosos do Distrito de Colúmbia, em Washington, entraram nesta semana na Justiça contra autoridades governamentais do D.C. alegando que elas continuam deixando as pessoas às escuras com relação aos níveis excessivos de chumbo na água encanada, o que vem acontecendo há mais de dois anos. Uma firma de advogados representando os residentes, entre os quais dois casais com crianças que apresentaram níveis de chumbo no sangue 30 vezes acima do permitido por normas legais, disseram planejar também uma ação contra a Agência de Proteção Ambiental (EPA). Charles Patrizia, um dos advogados com escritório em Washington, e Paul, Hastings, Janofsky & Walker, uma firma de advocacia, estão trabalhando neste caso. Se ingerida em quantidades críticas, mesmo que através da água, a tinta de chumbo pode causar dano permanente no cérebro de crianças, podendo ser também tóxica no caso de adultos. A ação alega ainda que a agência de água e saneamento, a WASA, que compra água tratada para distribuí-la à capital norte-americana, já havia descoberto níveis não aceitáveis do metal pesado em 2001, mas não divulgou as informações e não alertou o público depois que testes confirmaram os achados. O executivo da WASA, Glenn Gerstell, disse na semana passada, em audiência no Congresso, que a empresa pública teria alertado o Departamento de Saúde da cidade e os consumidores atingidos fizeram anúncios públicos do caso em 2002. (Reuters)