A CORRIDA À CASA BRANCA E A POLÍTICA ENERGÉTICA NORTE-AMERICANA
2004-03-10
Eleitores que se preparam para eleger o novo presidente dos Estados Unidos podem escolher entre dois candidatos com perfis totalmente opostos para escapar dos problemas energéticos: um democrata conservador e um republicano que quer abrir poços de petróleo a qualquer custo. A política energética de Bush quer expandir suprimentos de óleo e gás natural de qualquer jeito, enquanto Kerry, um senador de Massachusetts, está concentrado no desenvolvimento de combustíveis alternativos e em fontes de energia renováveis para reduzir a demanda norte-americana por petróleo. Com os preços da gasolina próximos de US$ 1,72 o galão e sinalizando mais alta, a política energética será uma figura proeminente na campanha presidencial, pois os eleitores estarão gastando mais para encher os tanques de seus carros. Nesta semana, o secretário de Energia, Spencer Abraham, disse que o governo está extremamente preocupado com os preços da gasolina e renovou seu apelo para que o Congresso vote uma nova lei na área da energia. Para o economista Mark Cooper, da Federação dos Consumidores da América, a luta eleitoral é entre o ponto de vista dos consumidores (Kerry, Estado de Massachusetts) e dos produtores de petróleo (Bush/Estado do Texas). Os únicos pontos em comum entre os dois candidatos, na política energética, é que ambos apóiam a exploração de gás natural no Alasca, para melhorar o abastecimento a preços mais modestos em 48 Estados, e ambos querem maneiras mais limpas para gerar eletricidade, vindas, por exemplo, de carros movidos a hidrogênio. (Planetark/ Reuters)