Apenas seis semanas depois que o presidente George W. Bush havia sido empossado, o antigo republicano Haley Barbour, executivo lobista de empresas de energia, enviou um memorando ao vice de Bush, Dick Cheney, lançando um desafio. –A questão é até que ponto a política abiental ainda prevalecerá sobre a política energética no governo Bush-Cheney, relativamente ao governo Clinto-Gore, disse Barbour, para quem as políticas ambientais haviam feito retroceder as energéticas. A batalha dos ambientalistas em prol do ar puro contra os defensores de políticas energéticas mais agressivas, nas áreas de petróleo e carvão, teve um outro ator ao lado de Barbour: o lobista Marc Racicot, que mais tarde tornou-se o principal executivo do Comitê Republicano Nacional. No seus dois primeiros anos de governo, Bush mostrou que a sua prioridade é a questão energética, o que desequilibrou forças de apoio ao governo. Trinta anos depois de ter sido comemorado o primeiro Dia da Terra, a administração nacional que está para subir ao governo dos Estados Unidos, seja ela qual for, ainda terá que se confrontar com o dilema ar puro-emissões, especialmente de empresas. O problema que aparece é como as indústrias passarão a ser monitoradas nas décadas que se seguem? (NY Times, 6/3)