PLANTIO DIRETO CONTRIBUI COM O SEQÜESTRO DE CARBONO
2004-03-08
De acordo com o pesquisador Clóvis Borkert, PhD em fertilidade do solo e nutrição de plantas, a busca da produção sustentável de soja está intimamente ligada às técnicas de plantio direto. — O sistema permite uma redução de custos com insumos e garante a cobertura do solo, seja com plantas vivas ou mortas, afirma. Com o plantio direto, o produtor fica livre de ter que preparar a terra, como a aragem, que faz com que o solo libere carbono. — Existem mais de 20 qualidades que podem manter a fertilidade do solo, através da rotação de culturas. O ideal seria que o solo ficasse o ano todo coberto. A grande máxima que pode se fazer como produção sustentável está no manejo do solo, explica. O pesquisador ainda acrescenta que a semeadura direta economiza combustível fóssil - petróleo - já que elimina uma série de operações na terra. — Sem usar o arado para mexer o solo, o agricultor está impedindo que mais carbono seja liberado para a atmosfera e ainda está colaborando no seqüestro de carbono, diz. O Brasil está bem à frente na pesquisa de técnicas de Plantio Direto. De acordo com Borkert, agora é preciso trabalhar na pesquisa de novas plantas forrageiras, como alternativas de cobertura do solo. — No sul do País é possível fazer rotações de cultura com o trigo, ou o milho. Já em regiões mais secas, é preciso encontrar alternativas de cobertura, completa. Os desafios para uma produção sustentável da soja foram discutidos no VII Congresso Mundial de Pesquisa de Soja, encerrado sábado (06), em Foz do Iguaçu, no Paraná.