Um estudo publicado nesta sexta-feira (5/3) mostra que os benefícios proporcionados pelo cultivo de sementes geneticamente modificadas não serão tão grandes como está sendo alardeado. Os cientistas que estão estudando os efeitos do banimento de uma praga a partir do plantio de semente de milho geneticamente modificada, contendo substância altamente tóxica, que deve entrar no mercado no ano que vem, concluíram que as vantagens desta semente serão reduzidas em termos de preservação da biodiversdade, embora não eliminadas. Quando, no ano passado, foram publicados resultados de avaliações de três tipos de sementes geneticamente alteradas, apenas a de milho mostrou benefícios perante flores, insetos, borboletas e outras espécies de vida que habitam o ambiente das lavouras. Isto porque o herbicida usado com cultivo de milho não alterado geneticamente, chamado Atrazine, era tão persistente e tóxico, que tornava-se mais efetivo que os presentes na semente de milho geneticamente modificada. Conforme o estudo, publicado na revista Nature, os cientistas perceberam que nas lavouras com sementes geneticamente modificadas havia duas ou três vezes mais invertebrados, pragas e sementes do que naquelas lavouras não cultivadas com milho transgênico. (The Independent)