O cultivo de alimentos geneticamente alterados deve começar na próxima primavera na Grã-Bretanha, depois que o gabinete governamental aprovou, na quinta-feira (4/3), o plantio de milho com mudanças genéticas. A notícia trouxe protestos de ambientalistas que se opõem a culturas geneticamente modificadas, sob o argumento de que essas lavouras podem prejudicar o meio ambiente. A aprovação do gabinete foi concedida depois que a secretária do MeioAmbiente, Margaret Beckett, deu sinal verde ao plantio de milho geneticamente alterado, sob estrito controle. Um dos argumentos para aprovação foi a primazia da ciência, apresentado pelos integrantes do gabinete. Embora o primeiro-ministro Tony Blair estivesse ausente, por encontrar-se em viagem pela Itália, o aval será anunciado oficialmente na semana que vem pela secretária Beckett. Um ativista conservador, furioso, disse que a aprovação foi feita antes da publicação de um relatório sobre organismos geneticamente modificados, a ser feita ainda nesta sexta-feira (5/3). O ativista, Peter Ainsworth, executivo do Comitê de Auditoria Ambiental, disse que escreverá à secretária Beckett, acusando-a de ignorar protocolo da Casa dos Comuns, tomando uma decisão antes da publicação do relatório pelo comitê. As sementes de milho a serem plantadas vêm da gigante alemã Bayer e serão plantadas a despeito mesmo da publicação de uma série de relatórios do próprio governo, que, no último verão, havia mostrado os problemas econômicos e científicos dos organismos geneticamente modificados. (The Independent)