A ONG portuguesa Quercus estava pessimista na quarta-feira (3/3), quando encerrou-se a segunda fase de discussão pública sobre o Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), sobre a possibilidade concreta de Portugal cumprir o Protocolo de Kyoto. Em comunicado, a Associação Nacional de Conservação da Natureza Quercus lembra as declarações na Assembléia da República do primeiro-ministro Durão Barroso e do ministro do Ambiente Amílcar Theias sobre o cumprimento do protocolo. — Ao afirmarem que não é relevante Portugal cumprir Kyoto, dado que o Protocolo não está ainda em vigor e que é indiferente para o mundo a contribuição de Portugal nesta matéria, deixam antever um enorme pessimismo em relação à prioridade política das alterações climáticas, diz a Quercus. De acordo com a versão do PNAC de 2001, o esforço necessário de redução de emissões de gases de efeito de estufa (GEE) até 2008-2012 era de 11,3 milhoes de toneladas de CO2. Mas com os dados agora sistematizados, concluiu-se que, afinal, será necessário reduzir entre 16 a 21 milhoes de toneladas se nenhuma medida for tomada. No comunicado, a Quercus considera que Portugal terá de fazer um esforço hercúleo para conseguir cumprir as metas exigidas pelo Protocolo de Kyoto.(Ecosfera)