ENTIDADES RECHAÇAM FRAUDE
2004-03-04
Mas uma história diferente é contada pelos presidentes da Sociedade Brasileira de Genética, Pedro Galetti, e da Sociedade Brasileira de Microbiologia, Bernadette Franco. Eles representam duas das entidades mais importantes na lista, encabeçada pela Academia Brasileira de Ciências. — Nós tivemos um representante na reunião da ANBio, sim, mas não chegamos a discutir a carta internamente, diz Galetti. — E o nosso representante não assinou nada, nem tinha autorização para fazer isso. Atualmente a sociedade não pode nem emitir uma posição sobre o documento. Uma história parecida é relatada por Franco. — O documento não foi suficientemente discutido para que pudesse ser assinado pela Sociedade Brasileira de Microbiologia, disse. — Eu, na condição de presidente, nem o li. Isso não implica que essas instituições estejam automaticamente se alinhando numa posição contrária à das propostas do documento --apenas que não poderiam figurar como signatárias. —Não quer dizer que somos contrários ou favoráveis, diz Galetti. O documento fazia duas recomendações aos senadores sobre possíveis modificações ao substitutivo do deputado Renildo Calheiros (PC do B/PE) do projeto da Lei de Biossegurança, aprovado em 5 de fevereiro pela Câmara e agora em trâmite no Senado. Primeiro, pede que a CTNBio seja a única instância a regulamentar tanto a pesquisa como a comercialização de transgênicos (organismos geneticamente modificados, ou OGMs), no âmbito do mérito científico. Na versão atual, o projeto divide as deliberações sobre os temas de biossegurança e comercialização em organizações distintas. (FSP online)