Alem de causar poucos danos ambientais, a energia eólica ainda possui uma segunda vantagem: seus custos são menores em relação aos de outras fontes de energia alternativas. Dados apresentados no evento mundial sobre Mudanças Climáticas e Energias Renováveis mostram que o Brasil possui atualmente 20,085 megawatts (MW) de potência instalada, distribuídos por diversos parques eólicos localizados, em sua maioria, no Nordeste. Segundo Ciro Ruiz, gerente do Departamento de Garantia de Qualidade da Wobben Windpower, empresa fabricante de turbinas eólicas, o Brasil tem grande potencial de aproveitamento eólico, já que os locais que apresentam melhores ventos se encontram próximos a centros consumidores. Mas o litoral catarinense, muito especialmente a região do Farol de Santa Marta é um dos lugares mais propícios para instalação de usinas eólicas. A região possui ventos com velocidades regulares e constantes, o que torna mais econômica a operação comercial de turbinas eólicas. A energia eólica já vem sendo utilizada há tempos no país. No entanto, seu uso era praticamente destinado a sistemas de bombeamentos de água bastante rústicos. Hoje, sua aplicação abrange desde o abastecimento de pequenas comunidades até a interligação de grandes geradores à rede convencional. Apesar das iniciativas, o Brasil ainda está longe de se comparar aos líderes mundiais em energia eólica (Alemanha, Estados Unidos e Dinamarca). Esses países receberam incentivos governamentais que contribuíram para o desenvolvimento do setor, o que aumentou o número de concessionárias investindo na geração de energia elétrica a partir de ventos.