GOVERNO CULPA DESMATAMENTO PELA MALÁRIA
2004-03-04
O secretário nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, confirmou na terça-feira (02), em Manaus, que os desmatamentos geram forte pressão para o crescimento da malária no Amazonas e em Rondônia. Os dois Estados são responsáveis por 77% dos casos da doença registrados na Amazônia Legal, em 2003. De 2002 para 2003, a região da Amazônia Legal registrou aumento de 15,3% nos casos. No Amazonas, 40% dos casos ocorrem em Manaus, onde florestas são derrubadas para dar lugar a favelas. A capital é a campeã de casos de malária no país -a cada cinco casos, um ocorre na cidade. Em Rondônia, os desmatamentos se concentram em seis municípios, responsáveis pela exploração ilegal de madeira, entre eles Buritis, onde registra-se 33% das ocorrências de malária no Estado. Segundo especialistas, o mosquito anofelino, conhecido como prego ou sovela, tem na floresta amazônica seu ambiente natural. A derrubada de árvores e o represamento de rios e igarapés favorecem a proliferação do mosquito, que usa água parada e limpa para se reproduzir. (FSP/03/03)