PARA CIENTISTA NÃO HAVIA RAZÃO DE SUSPEITAR DA PRESENÇA DE ARSÊNICO
2004-03-01
— Na época em que o estudo foi feito, não havia razão para esperar que o arsênico estivesse lá, afirma David Lynn, diretor de ciência e inovação do Conselho de Pesquisa em Ambiente Natural, ao qual pertence o Serviço de Pesquisa Geológica Britânica (BGS). — Em muitos aspectos, não era algo óbvio para procurar, reforça a bioquímica Andy Meharg, da Universidade de Aberdeen, do Reino Unido. Contudo, críticos do estudo dizem que havia uma razão para suspeitar da presença do veneno na água. A advogada Bozena-Michalowska Howells, da empresa de advocacia Leigh, Day e Co., que preparou uma ação contra o BGS, afirmou que problema similar havia ocorrido a Oeste de Bengala, tendo sido documentado pela Organização Mundial da Saúde em 1988. — O BGS fez as pessoas acreditarem que a água era segura, alega a advogada Michalowska-Howells. Mas o juiz da Corte de Apelações Kennedy rejeitou os argumentos da acusação, declarando que o BGS não tinha obrigação direta de assegurar aos moradores locais que a água era segura para consumo. A menos que a apelação tenha sucesso, o caso não vai a julgamento.(Nature)