Investidores internacionais estão interessados em financiar projetos, além de gerar recursos para as empresas brasileiras através da venda de créditos de carbono. Para que os empreendedores recebam os financiamentos, é necessária uma carta de aprovação do governo, incumbido apenas de atestar se tais projetos provem o desenvolvimento sustentável do no País. A carta daria um sinal verde para que as empresas brasileiras participassem de um mercado emergente e promissor, geopoliticamente estratégico, dimensionado em 400 milhões de euros só no ano de 2004. O curioso é que o entrave reside em uma parte aparentemente simples da equação: o governo. O ministério da Ciência e Tecnologia resiste em dar as tais cartas de aprovação. Sem elas interessados de peso nas negociações desses papéis, como o Banco Mundial, começam a preterir o Brasil a países como China, Costa Rica, Chile e México. Investidores mostram insatisfação e senadores começam a entrar em campo para discutir o imbróglio. (Carta Capital/40, 25/02)