AUTORIDADES DIZEM TER PROTEGIDO TRABALHADORES DE HANFORD
2004-02-26
Autoridades da área de Energia dos Estados Unidos dizem, porém, ter feito todo o esforço necessário para proteger os trabalhadores de riscos ocupacionais, afirmando que o cronograma proposto para a limpeza dos sítios nucleares não prejudicou a saúde dos operários. Um porta-voz do Departamento de Energia disse que o número de casos envolvendo perdas de trabalho por doenças ou acidentes caiu desde 1998. - Não se pode comparar a situação de hoje com a de 10 anos atrás, disse a assistente do secretário de Energia, Jessie H. Roberson. Ela acrescentou, porém, que não sabe se os riscos hoje são maiores ou menores. Milhares de trabalhadores que atuavam em Hanford, quando o sítio nuclear estava ativo, passaram a atuar como agentes de limpeza, quando a área foi desativada. Os médicos não conseguem precisar muito bem quando eles começaram a ficar doentes, mas constatam que alguns apresentam sintoma de exposição a asbesto (asbestose), um problema diferente da exposição a radiações nucleares. Segundo o Dr. Tim K. Takaro, professor assistente da Universidade de Washington, foram encontrados no local muitos objetos perigosos com os quais os trabalhadores mantiveram contato, como bombas de berílio, um metal com vários usos, mas que pode causar doenças incuráveis do pulmão, caso suas partículas sejam inaladas. Um relatório de um grupo que representa os trabalhadores de Hanford na justiça informa que de 2002 até a metade do ano passado, houve 45 incidentes nos quais 67 trabalhadores precisaram de atenção médica por estarem expostos a vapores tóxicos provenientes de tanques subterrâneos. Segundo o Dr: Takaro, 84 trabalhadores apresentaram-se sensibilizados por berílio, o que significa que estão com alto risco de contrair doenças crônicas. Em junho do ano passado, 12 trabalhadores inalaram gás radioativo e apresentaram resultado positivo para testes de contaminação da pele, conforme relatório do Comitê de Defesa das Unidades Nucleares, um painel de observação estabelecido pelo Congresso norte-americano.(NY Times, 20/2)