PASSIVO DE SÍTIO NUCLEAR AFETA TRABALHADORES EM WASHINGTON
2004-02-26
Por quase meio século, pilhas de estoques de plutônio foram usadas para alimentar reatores nucleares nos Estados Unidos, mas nos últimos 12 anos, com o fim da Guerra Fria, tudo que restou foi o silêncio de nove reatores em 586 milhas quadradas de área, seguidos de uma operação de limpeza que custa US$ 2 bilhões por ano. Um exército de mais de 11 mil trabalhadores ficou com a tarefa da limpeza do complexo de Hanford, a sudeste de Washington, tendo que cumprir um calendário apertado para poder terminar a tarefa na metade do tempo original, que era de 70 anos. Alguns médicos e outros especialistas acreditam que a aceleração destas atividades levou tais trabalhadores a atuarem sem os devidos cuidados em termos de segurança e saúde. - Limpeza é um trabalho perigoso, diz Tim K. Takaro, professor assistente da Universidade de Washington, que trata trabalhadores de Hanford. Segundo ele, vários desses trabalhadores mexeram em locais que ficaram intocados durante muitos anos. O Estado de Washington recém começou uma nova investigação sobre acusações de um grupo de advogados que responsabiliza o Departamento de Energia dos Estados Unidos e seus subcontratados por ignorarem completamente os riscos associados à limpeza dos sítios nucleares. O trabalho está sendo coordenado pela procuradora-geral do Estado, Christine O. Gregoire, que diz estar tentando, sem sucesso, a responsabilização através do secretário de Energia, Spencer Abraham.(NY Times, 20/2)