O Grupo dos 15 (G-15) tentará dar novo impulso aos seus trabalhos na Cúpula de Caracas, que começa na próxima sexta-feira (27/02), com a participação prevista de nove dirigentes, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o anfitrião, Hugo Chávez. Sob o lema Energia da Unidade, o encontro abordará os temas da energia e desenvolvimento, a cooperação Sul-Sul, a reativação do diálogo Norte-Sul e um plano de ação para tornar efetiva a participação dos países em desenvolvimento, segundo os organizadores. Além destes temas centrais, serão abordados outros longamente discutidos nas cúpulas dos países do Sul, como o combate à pobreza, o impulso do comércio, a defesa do meio ambiente, a redução do desemprego e o financiamento internacional. O chanceler venezuelano, Jesús Pérez, informou que a Venezuela vai propor na cúpula a criação de um Fundo de empresários do G-15 para incentivar investimentos entre os membros da organização. Pérez disse ainda que o fórum também servirá para que cinco membros do G-15 que fazem parte da Opep (Argélia, Indonésia, Irã, Nigéria e Venezuela) proponham formas de fortalecer a entidade. - Nesta cúpula, serão discutidos temas muito importantes, como uma agenda séria, muito específica, para relançar o grupo. Os países do Sul têm que buscar uma identidade, afirmou o vice-chanceler venezuelano, Arévalo Méndez. O encontro em Caracas vai tratar, além disso, de assentar as bases para desenvolver os vínculos comerciais e de transporte entre os países do G-15, acrescentaram fontes da diplomacia. Também estudará a troca de informação entre os membros do G-15, a melhora das condições de pagamento de empréstimos de organismos multilaterais aos países em desenvolvimento. O G-15 surgiu em 1989 da vontade inicial de quinze nações em desenvolvimento - depois se ampliou a dezenove - como fórum popular consultivo para intensificar a cooperação mútua e impulsionar o diálogo Norte-Sul. Este grupo é formado pelo Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Jamaica, México, Peru, Venezuela, Argélia, Egito, Quênia, Nigéria, Senegal, Zimbábue, Índia, Indonésia, Irã, Malásia e Sri Lanka.(AFP)