AUSTRÁLIA E MALÁSIA RECEBEM O PRÊMIO ASSASSINOS DA VIDA NA TERRA 2004
2004-02-25
O Greenpeace anunciou um dia depois do final da Cúpula pela Vida na Terra, a 7a Conferência das Partes (COP-7) da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB), os vencedores do prêmio Assassinos da Vida na Terra 2004. O prêmio é concedido a todo país que se esforçou para enfraquecer o resultado da Conferência, apressando assim o fim da biodiversidade do nosso planeta. O indesejado troféu é representado por um grande machado enterrado no planeta Terra, simbolizando o impacto que o vencedor do prêmio está fazendo ao futuro da vida na Terra. No final das negociações, às três da manhã, dois países se destacaram como merecedores do prêmio: a Austrália e a Malásia. - A Malásia e a Austrália fizeram de tudo para minar os esforços de se tirar da CDB um programa de trabalho forte e consistente com as promessas feitas por governos de todos os países de parar e reduzir a perda de biodiversidade até 2010, disse Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia, do Greenpeace, presente à reunião em Kuala Lumpur. A Malásia foi indicada ao prêmio por produzir um esboço de declaração ministerial sem qualquer substância e não liderar a reunião, apesar de seus alegados compromissos verdes e de seu papel de anfitrião do encontro. Pesou também sua insistência em fragilizar os direitos dos povos indígenas e se recusar a incluir a questão das áreas protegidas na agenda da reunião ministerial, mesmo sabendo que esse era um dos temas centrais da Conferência. A Austrália recebeu a indicação por sua insistência em introduzir questões de mercado na CDB, fragilizando o princípio precautório da Convenção e questionar alvos e metas já acordados.(Greenpeace)