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mortandade de abelhas bayer basf
2004-02-20
A empresa alemã Basf Agro e seu presidente, Emmanuel Bustream, foram processados por um juiz francês que ordenou a suspensão da venda do inseticida Regent TS, fabricado pela companhia e considerado por apicultores responsável pela morte em massa de suas abelhas. As partes do processo explicaram que está sendo investigado se a empresa vendeu um produto agrícola - tóxico nocivo para a saúde animal e humana - sem autorização e se houve cumplicidade na morte anormal das abelhas. Bustream afirmou que o Regent, em suas utilizações autorizadas, não apresenta riscos para o agricultor e o consumidor, enquanto o juiz Jean Guary, de Saint-Gaudens (França), investiga a estranha mortandade das abelhas na região. A companhia alemã Basf Agro, processada como pessoa jurídica, recorreu de imediato da suspensão de venda do Regent TS. Já o líder do partido Movimento pela França (MPF) e autor do livro As abelhas Morrem. Os dias do homem estão contados, Philippe de Villiers, comemorou a decisão do juiz como uma vitória. Villiers, que também preside o Conselho Geral do departamento de Vendée, afirmou que esta decisão judicial é a confirmação do que ele diz e escreve sobre esta perigosa molécula neurotóxica. Villiers afirma que o inseticida Gaucho, comercializado pela Bayer e similar ao Regent, traz riscos para a saúde humana, afirmação que levou a Bayer a processá-lo. Há dois dias, o Tribunal de Grande Instância de Paris emitiu parecer contrário a Villiers e o condenou a declarar publicamente que o livro atenta contra a presunção de inocência do grupo Bayer na França. A corte ordenou a Villiers que publicasse um comunicado em um jornal escolhido pela Bayer, que qualificou as acusações do deputado de irresponsáveis e graves por atemorizar a população. Após a decisão do juiz de Saint-Gaudens, o político pediu ao Ministério da Agricultura que proibisse os inseticidas Gaucho e Regent. Na semana passada, o ministério disse que está estudando se retira, suspende ou restringe o fipronil, presente no Gaucho e no Regent, após receber um relatório da comissão que analisa sua toxicidade. A comissão propôs que o fipronil não esteja na lista de substâncias autorizadas pela União Européia, porque traz grandes preocupações para o meio ambiente e para as espécies selvagens.(EFE)

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