Alguns dos principais pólos da produção agropecuária não ficaram de fora do novo critério para o rateio do chamado Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Dos três campeões nacionais na agricultura e pecuária, somente um - Sorriso, maior produtor de soja e principal município agrícola do Brasil - não se enquadrou no novo mecanismo. Os outros foram contemplados: Juara com 22.538,89 quilômetros quadrados (rebanho bovino) será beneficiado por ceder superfície para as áreas indígenas Japuíra de 109.245 hectares e Apiaká-Kaiabi de 152.599 ha; e Campo Verde com 4.740,34 quilômetros quadrados (algodão), em função da APA da Chapada dos Guimarães de 12.683,44 ha. Além de Sorriso, ficaram de fora outros grandes municípios agrícolas a exemplo de Água Boa, Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Araputanga, Cocalinho, Campos de Júlio, Colíder, Guiratinga, Itiquira, Juscimeira, Jauru, Lambari D`Oeste, Mirassol D`Oeste, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte, Nova Monte Verde, Nova Mutum, Primavera do Leste, São José do Rio Claro, São José dos Quatro Marcos, Tapurah e Vila Rica. O conjunto de baías nas imediações de Barão de Melgaço, formado por Siá Mariana, Chacororé, Buritizal e Recreio, também não se enquadra nas exigências ambientais. Agredido e sem legislação específica que o defina como refúgio da vida silvestres ou outro título legal, permanece exposto à construção de mansões, explorado pela pesca turística, sendo porta de entrada para agressão ao Pantanal.