GREENPEACE É PROCESSADO NO PARÁ
2004-02-20
O Ministério Público Estadual do Pará abriu um processo contra 14 líderes comunitários e o Greenpeace pelo bloqueio de um rio usado por madeireiros para escoar madeira ilegal destinada à exportação. O bloqueio do rio Jaurucu, principal afluente do rio Xingu na região de Porto de Moz, ocorreu em setembro de 2002. Na época, cerca de 400 ribeirinhos fecharam o rio de 100 metros de largura com mais de 50 barcos, para protestar pacificamente contra a invasão de suas florestas por madeireiras ilegais, e pedir a criação de uma reserva extrativista para preservar os recursos naturais e garantir o direito das comunidades sobre a terra. O promotor estadual de Justiça Arnaldo Célio da Costa Azevedo acusa os ribeirinhos e a organização ambientalista de impedir e dificultar a navegação pelo rio. — O promotor estadual de Justiça de Porto de Moz está totalmente na contramão da proteção ambiental da Amazônia e dos interesses da população ribeirinha, ao abrir um processo contra líderes comunitários e o Greenpeace, que estão lutando pela criação da reserva extrativista Verde para Sempre, disse o coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, que participa da reunião da ONU em Kuala Lumpur.