Os ambientalistas estão vendo em John Kerry um salvador do Protocolo de Kyoto, caso o favorito entre os pré-candidatos do Partido Democrata (oposição) derrote o presidente norte-americano, George W. Bush, nas eleições de novembro. – Kerry tem sido, provavelmente, o maior defensor das causas envolvendo as mudanças climáticas ao lado de (Joe) Lieberman no Senado norte-americano, afirmou Jennifer Morgen, do grupo de defesa do meio ambiente WWF. Governos da Europa, que estão entre os maiores defensores do acordo assinado em 1997 para limitar o aquecimento global, receberiam com satisfação uma mudança na política ambientalista dos EUA após anos de desavenças com Bush. – Obviamente, gostaríamos que o novo governo, seja ele republicano ou democrata, aproxime-se das políticas européias para o meio ambiente, disse Diego de Ojeda, porta-voz da Comissão Européia (braço Executivo da União Européia, UE). Bush surpreendeu o mundo em 2001 ao retirar os EUA, o país que mais polui no mundo, do Protocolo de Kyoto, argumentando que o plano era custoso demais e havia errado ao excluir os países em desenvolvimento. O senador Kerry, que venceu 15 das 17 prévias realizadas pelo Partido Democrata até agora, criticou Bush por ter rejeitado Kyoto ao invés de tentar renegociá-lo. Kerry agora fala em participar do desenvolvimento de uma estratégia internacional para lidar com o aquecimento da Terra, declaração que soa como música para os ouvidos de muitos dos defensores de Kyoto. Mas o pré-candidato não deve resolver tão facilmente as questões ambientais. Em 1997, Kerry considerou Kyoto inaceitável para o Senado dos EUA e agora reconhece ser tarde demais para ingressar no Protocolo.(Reuters)