Enquanto cerca de 70 ministros se reuniam ontem (18) em para a parte final de um encontro chave das Nações Unidas sobre biodiversidade, a federação Amigos da Terra Internacional denunciava tentativas de governos para negociar regras sobre o acesso a recursos genéticos sem considerar as ameaças da biopirataria – a apropriação de recursos genéticos e do conhecimento tradicional associado. Os 188 participantes da Convenção da Diversidade Biológica (CBD) acordaram, em 17 de fevereiro, os Termos de Referência para um regime internacional sobre o acesso a recursos genéticos, conhecimentos tradicionais associados e partilha de benefícios, sem resguardos aos direitos de povos indígenas e pequenos agricultores, conforme a federação ambientalista. Segundo a ONG, empresas e instituições de pesquisa comercial estão tentando comprar essas variedades e o conhecimento tradicional associado visando monopolizar e obter lucros dessas valorosas informações por meio de patentes e outros direitos de propriedade intelectual. Isso é chamado de biopirataria. — O regime internacional que está sendo proposto vai fazer nada para deter as práticas de biopirataria, explica Issac Rojas, ativista da COECO-CEIBA/Amigos da Terra – Costa Rica. (Amigos da Terra)