NOBEL DA PAZ PRESSIONA BANCO MUNDIAL E CRITICA PETROLÍFERAS
2004-02-19
O Arcebispo Desmond Tutu, ganhador do Premio Nobel da Paz, está pressionando o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, pela limpeza das políticas e práticas do banco em relação ao financiamento das indústrias petrolíferas e mineradoras. Tutu junta-se a outros quatro ganhadores de Prêmios Nobel e a mais de 300 organizações que têm solicitado à Wolfenson uma reforma radical na maneira como o Banco Mundial apóia as indústrias petrolíferas e mineradoras. Uma recente revisão (comissionada por Wolfenson) sobre o financiamento do banco às indústrias extrativas verificou que financiar projetos extrativos não é um uso adequado de dinheiro público na vasta maioria dos casos e não promove desenvolvimento sustentável. O estudo recomenda ao banco redirecionar fundos para energias renováveis. No entanto, uma cópia da minuta de resposta do Banco Mundial à Revisão das Indústrias Extrativas, vazada semana passada, revela que o banco não se comprometeu a realizar mudanças para assegurar que seus investimentos beneficiem comunidades locais e reduzam a pobreza. Os próprios dados do banco mostram que países dependentes no petróleo como exportação primária são pelo menos 40 vezes mais suscetíveis do que outras nações ao envolvimento em guerras civis.