GRÃ-BRETANHA RESISTE ÀS LEIS AMBIENTAIS NA UE
2004-02-17
A Grã-Bretanha não está implementando as leis verdes européias no prazo estipulado, arriscando a se tornar o país sujo da Europa, conforme analogia do Independent Sunday feita neste domingo (15/2). O país falhou na adoção pontual de sete de cada oito leis ambientais e diretivas de agricultura da União Européia (UE) desde as últimas eleições gerais. A Comissão Européia tem tido que recorrer a procedimentos legais contra a Grã-Bretanha mais freqüentemente, duas vezes mais do que recorreu contra a França, que era considerada o pior país em ofensas ambientais na UE. As revelações tornam mentira as repetidas alegações de ministros britânicos segundo as quais a Grã-Bretanha é o membro da UE que mais tem consciência ambiental. Na última quinta-feira (12/2), Michael Howard, líder do Partido Conservador que disse, em palestra, em Berlim, na Alemanha, que pretende incrementar a ênfase em questões ambientais, sublinhou que a UE chegou aos seus melhores padrões ambientais. Mas na questão ambiental, segundo Howard, os britânicos estão mal. Nos 18 meses entre as últimas eleições gerais e o final do ano passado, apenas sete das 56 leis ambientais da UE foram adotadas com prazo em dia, após aprovação pelo governo. Quarenta e duas foram implementadas nos 18 meses posteriores, incluindo diretivas para limitar a poluição de estações de eletricidade, bem como diretivas para fixar níveis máximos de contaminação por pesticidas em alimentos e padrões mínimos para bem-estar de porcos criados para abate. Outras sete, entre as quais algumas regulando a poluição do ar, estão ainda para serem adotadas, embora seus prazos já tenham vencido. (The Independent/ Enviroment, 15/2)