REDE NUCLEAR ILÍCITA ENVOLVE PAÍSES DA EUROPA, ÁSIA E AMÉRICA
2004-02-12
A rede nuclear ilícita do pai da bomba atômica do Paquistão usada para impor sanções e vender tecnologia nuclear ao Irã, à Líbia e à Coréia do Norte expande-se pelo mundo a partir de um agente intermediário que encobre muito bem os seus traços, afirmam diplomatas. No início desta semana, Abdul Qadeer Khan, creditado como sendo quem desenvolveu o programa de armas atômicas do Paquistão, confessou publicamente ter divulgado segredos nucleares. O presidente do país, Pervez Musharraf, gentilmente perdoou Khan, que continua sendo um herói paquistanês. Mas a extensão da rede de vendas de armas de Khan, a quem os diplomatas orientais creditam uma extrema riqueza, está apenas começando a ficar clara. Pelo menos uma dúzia de indivíduos, muito provavelmente sem o conhecimento do governo, ajudaram Khan a vender tecnologia à Líbia, que, em dezembro, admitiu ter um programa de armas nucleares, e ao Irã, que tem um programa de armas similar ao da Líbia. Diplomatas de Viena disseram que a lista de países intermediários dessa tecnologia atômica em cooperação com a Líbia ou Irã é hoje extensa. Inclui Alemanha, Holanda, Bélgica, África do Sul, Japão, Dubai, Malásia, Estados Unidos, Rússia e China. (Planetark, 10/2)